Per amore
Io conosco la tua strada,
ogni passo che farai,
le tue ansie chiuse e i vuoti,
sassi che allontanerai
senza mai pensare che
come roccia io ritorno in te.
Io conosco i tuoi respiri,
tutto quello che non vuoi.
Lo sai bene che non vivi,
riconoscerlo non puoi.
E sarebbe come se
questo cielo in flamme
ricadesse in me,
come scena su un attore
Per amore,
hai mai fatto niente
solo per amore,
hai sfidato il vento e
urlato mai,
diviso il cuore stesso,
pagato e riscommesso,
dietro questa mania
che resta solo mia?
Per amore,
hai mai corso senza fiato
per amore,
perso e ricominciato?
E devi dirlo adesso
quanto di te ci hai messo,
quanto hai creduto tu
in questa bugia.
E sarebbe come se
questo fiume in piena
risalisse a me,
come china al suo pittore.
Per amore,
hai mai speso tutto quanto,
la ragione,
il tuo orgoglio fino al pianto?
Lo sai stasera resto,
non ho nessun pretesto,
soltanto una mania
che resta forte e mia
dentro quest'anima che
strappi via.
E te lo dico adesso,
sincero con me stesso,
quanto mi costa non saperti mia.
E sarebbe come se
tutto questo mare
annegasse in me.
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Por amor
Eu conheço a sua estrada,
cada passo que fará,
as suas ânsias fechadas e os vazios,
pedras que afastará
sem nunca pensar que
como rocha volto em você.
Conheço os seus respiros,
tudo aquilo que não quer.
Sabe bem que não vivi,
isso não pode pode reconhecer.
E seria como se
este céu em chamas
caísse sobre mim,
como o cenário sobre um ator
Por amor
nunca fez nada
só por amor,
enfrentou o vento e
nunca gritou,
partilhou de um mesmo coração,
pagou e apostou novamente,
atrás desta mania
que continua só minha?
Por amor,
nunca correu sem fôlego
por amor,
perdeu e recomeçou?
E deve dizer agora
quanto de você colocou nisso,
quanto você acreditou
nesta mentira.
Seria como se
este rio cheio
transbordasse em mim,
como nanquim sobre o pintor.
Por amor
nunca gastou tudo,
a razão,
o seu orgulho até os prantos?
Sabe que esta noite permacenço,
não tenho nenhum pretexto,
apenas uma mania
que continua forte e minha
dentro desta alma que
passa rasgando
E digo para você agora,
sincero comigo mesmo,
quanto me custa saber que não é minha.
E seria como se
todo este mar
se escondesse em mim. |